A minha caixa de mail amanheceu hoje repleta de dúvidas das leitoras sobre a matéria exibida ontem, domingo - 03/11/2013, no Programa Fantástico/ Rede Globo.
O Formol em seu estado químico puro está proibido para uso cosmético no Brasil desde 2009, e de lá para cá os fabricantes tentaram ajustar suas formulações. Assim como a maioria dos consumidores, não tenho graduação em Química ou Engenharia Química para entender de forma pormenorizada que tipo de reações causa os componentes de um derterminado produto.
Toda vez que chego em um salão o que mais me incomoda é o forte cheiro ácido, fora a nuvem vaporizada que me faz tossir. E claro, sei que esse esse odor e a fumaça é provocada pelos produtos alisantes. Seja qual for a nomenclatura adotada - progressiva, realinhamento, botox, detox etc,
fico sempre com meu desconfiômento piscando.
Por outro lado, sempre parti do princípio que se um produto recebe registro da Anvisa, foi porque o mesmo foi submetido a testes de eficácia e está de acordo com normas sanitárias específicas vigentes.
O principal alerta feito pela reportagem diz respeito ao ácido glioxílico, que em contato com o calor sofre reação química e se transforma em formaldeído (derivado do formol, que pode ser verificado por meio de vaporização característica).
Fiquei muito preocupada porque como consumidora defendo que a Anvisa tem coresponsabilidade sobre a liberação da comercialização e uso de tais produtos, classificando-os de acordo com uma escala de graus de segurança. Outro detalhe diz respeito as informações que constam nas rotulagens, que alegam que os produtos podem ser usados em todos os tipos de cabelo (com químicas preexistentes ou não). Fora isso, a matéria mostrou que grávidas e crianças fazem tratamentos para alisar os fios.
De acordo com a reportagem:
"Os produtos de Grau 1 são aqueles que não oferecem risco e não precisam passar por testes de segurança.
Os produtos de Grau 2, que incluem todos os produtos destinados a crianças, precisam desses testes.
Os produtos testados na matéria que liberaram formol foram registrados como Grau 1. Mas de acordo com a Anvisa, deveria ser Grau 2."
Os produtos de Grau 2, que incluem todos os produtos destinados a crianças, precisam desses testes.
Os produtos testados na matéria que liberaram formol foram registrados como Grau 1. Mas de acordo com a Anvisa, deveria ser Grau 2."
E eu logo me perguntei: A Anvisa não testou??? Como então é feita a classificação sem os devidos testes de segurança? Tudo não deveria ser testado, seja pela própria Anvisa ou por laboratórios credenciados pela instituição?
Os fabricantes se defendem geralmente alegando que possuem seus próprios departamentos técnicos para testes de produtos (é obrigatório que um farmacêutico ou químico responsabilize-se pelo produto) e informam que eles estão de acordo com o exigido pela Anvisa. Outro argumento é que tais reações químicas não geram formol ou derivados.
Independente das marcas/fabricantes, o que mais fiquei chocada foi com a postura de nosso principal órgão de regulamentação do setor cosmético e farmacêutico. Fora isso, também lamentei em ver gestantes e meninas fazendo alisamentos.
Cada personagem envolvido tem sua parcela de responsabilidade: fabricantes, Anvisa e profissionais. O que mais defendo aqui no blog é o direito do consumidor em obter informações sobre os produtos que compra. O consumidor antes de decidir por determinado tratamento (estético ou terapêutico) tem o direito de saber suas indicações, resultados esperados e sobretudo os riscos. Os profissionais da beleza ou da saúde devem assumir o papel de prestar o melhor atendimento aos seus clientes.
Somente com informações claras e precisas o consumidor poderá ter parâmetros para decidir se se submeterá ou não um determinado procedimento. A responsabilidade não pode ser toda do consumidor. Se um produto tem registro na Anvisa, a responsabilidade legal entendo que deva ser compartilhada - a culpa não é somente do fabricante. Se componentes como formol (ou outros) trazem malefícios à saúde, com base em estudos ciêntificos sérios, estes não poderiam ser liberados; ou se forem, que sejam bem estabelecidas normas de segurança para seu uso.
Um bom exemplo foi quando eu fiz tratamento de pele com a substância ISOTRETINOÍNA ORAL. Meu médico conversou comigo de forma bastante detalhada sobre o que é a substância, seus efeitos colaterais, reações adversas e resultados esperados. Fora isso, o medicamento tem grau de segurança alto e é terminantemente proíbido engravidar durante o tratamento. Ele me passou orientações sobre a importância de fazer duplo método contracpetivo e por fim assinei termo de responsabilidade legal atestando que recebi todas as informações para poder decidir pelo uso do medicamento. Ao comprar o medicamento na farmácia, também assinei termo comprobatório, bem como ficou retida a receita com todos os meus dados.
Como vocês podem perceber, houve o compartilhamento de responsabilidade: laboratório farmacêutico, Anvisa, médico e farmácia. E por fim, coube somente a mim decidir se faria ou não o uso da substância. Durante todo o tratamento tive ciência dos riscos.
Enfim, o tema é bastante polêmico. Como vocês sabem, eu nunca fiz e nem em sonho posso fazer qualquer tipo de alisamento por causa de minha queda de cabelo.
O motivo deste artigo foi expor o que penso sobre o tema e reforçar o que mais defendo aqui no blog - DIREITOS DO CONSUMIDOR.
Se vocês fazem alisamentos, seja qual for o produto/método, pesquisem, tentem buscar informações e o mais importante - tenham ciência de eventuais riscos/consequências.
Sempre que tinha uma dúvida com relação a um produto, entrava em contato com os canais da Anvisa. Depois do que vi na matéria foi grande a minha decepção. O órgão oficial deve rever seus critérios e métodos de avaliação para que quando comprarmos um cosmético, ao lermos a rotulagem tenhamos garantidas informações claras sobre o grau de segurança ou perigo que ele oferece.
É isso, gente. Faço aqui um apelo para quem por ventura tenha formação em Química, Engenharia Química, Farmácia ou Cosmetologia possa comentar e manifestar suas respectivas opiniões profissionais.
Desde já agradeço pelos comentários!
Olá Nessa,
ResponderExcluirFico feliz por ter abordado o assunto no blog.
Eu estava voltando da missa ontem qdo vi a reportagem passando em um trailer de lanches e parei para escutar.
Fiquei abismada com tal situação. Como consumidora, como profissional do direito achei a situação absurda.
E como vc mesma disse, todos tem uma parcela de culpa na liberação do produto.
Como pode uma pessoa achar que está pagando por uma coisa e na verdade não está?
Como pode ter liberação para crianças, grávidas e lactante, qdo na verdade o produto faz mal a saúde de qualquer pessoa?
Só posso dizer que fico extremamente decepcionada qdo me deparo com casos iguais a esse, que no meu ponto de vista cabe ressarcimento a pessoa lesada. O Código de Defesa do Consumidor está aí para ser usado, reivindicado, não podemos deixar as coisas passarem assim desapercebidas por nossos olhos e não fazer nada!
Obrigada por levantar este debate!
Bjs
Deni,
ExcluirEu tive sorte de ter assistido porque com TV por assinatura sempre sou muito criteriosa aos conteúdos que vejo.
Ontem eu estava numa pizzaria e nunca presto atenção em TV, sem falar que estava com os padrinhos da Jojo e os filhos.
Mas foi incrível. Todo mundo da pizzaria parou para ver, até os funcionários.
Eu fiquei chocada com todos os setores envolvidos.
Eu via a materia e só ficava pensando:
- Se a empresa bota formol ou derivados, ela possui estudos científicos que a resguardem de adicionar em seus produtos? Seu técnico responsável e/ou fabricante não pode ser incriminado com uma ação civil pública? Por outro lado, se o produto foi liberado pela Anvisa, já que possui registro, a responsabilidade legal seria somente da Anvisa?
- A Anvisa que é o órgão que tem poder para regulamentar o setor, aprovar ou reprovar produtos, como pode liberar produtos de alisamento (sempre tão polêmico) com GRAU 1 sem fazer testes comprobatórios?
- E o risco de insalubridade/toxicológico dos profissionais de beleza? Pela CLT bem que é cabível aos empregadores de salões serem obrigados a pagar o adicional de insalubridade aos trabalhadores do setor.
- E finalmente os consumidores... Eles são esclarecidos sobre eventuais riscos (como qualquer produto) para ter meios de decidir se vai fazer o alisamento ou não?
Desde que me entendo por gente, as perfumarias estão repletas de alisantes. Isso não é novidade para ninguém. Já fui exposta acidentalmente a inalação de formol em ambiente hospitalar e é algo horrivel. Passei super mal, pensei que fosse ficar cega. Não é brincadeira.
Em 2009 vi matérias na TV dos salões fazendo escondido o alisamento..o povo com pano umedecido no rosto para aguentar o efeito inalante...
Minha indignação é quantos aos critérios objetivos de segurança e sobretudo ao direito a informação. Se um produto tem GRAU 1, GRAU 2 etc temos que ter a tranquilidade que foram usados métodos seguros de classificação mediantes testes com critérios científicos.
Não imagino uma grávida fazendo um trat. sabendo que a saúde de seu bebê pode ter algum risco. Se a gestante fez certamente porque lhe foi dito que é seguro.
Toda vez que sai uma matéria sobre o tema, volta e meia aparece novos textos de pessoas defendendo as substancias alisadoras, que a culpa é da TV que quer "criar polêmica e causar pânico na população".
Não imagino que um professor de universidade se passe para emitir laudos, atestar publicamente que a substância X ou Y causa danos só para fazer pirraça.
Enfim...to passada! E não paro de pensar sobre o assunto.
bjsss
Olá Nessa
ResponderExcluirNão vi a reportagem pq acabei dormindo rs
Fiquei tempão tentando driblar o sono e n consegui rs
mas vou assistir em casa
acho o assunto muito interessante
muita gente ainda não sabe disso, ou até sabe e se arrisca
Já vi uma repostagem na tv há algum tempo atras , onde as profissionais , compram o kit de progressiva , mas na hora de aplicar, elas colocavam mais formol dentro da mistura , para obter mais "efeito" liso , aí me diz como vc vai saber? se mtas vezes vc nem ve o preparo , confia no profissional......
E outra muita gente sabe que tem formol e mesmo assim faz uso , dai fica dificil , se as proprias clientes pedem e aceitam isso.
Não é todo mundo que faz enganado não, muita gente sabe sim o que está usando.
Eu tenho pavor, nunca fiz progressiva , tenho vontade mais tenho medo por causa da queda
Creio que isso deveria ser melhor inspecionado pelo orgão competente, mas como vemos muito , isso muitas vezes não acontece .
bjos
Pri
Pois é ....Pri.
ExcluirMeu problema é falta de cabelo. Queria tê-los seja qual fosse a estrutura capilar. Que alisa faz porque não gosta do cabelo em seu estado natural. Não me cabe julgar isso.
Eu sei que muitas mulheres fazem o alisamento cientes da presença do formol. Mas ai é que está. Elas sabem, assumem os eventuais riscos (seja por intoxicação, queimadura, perda de massa capilar ou cancer a longo prazo). O duro foi ver na materia que todos os produtos testados possuem registro na Anvisa e estão de acordo com a norma vigente. Não se trata de produto clandestino. Essa historia de até 0,9% de formol para conservação nunca gostei....O X da questão é: se pode... do ponto de vista normativo está correto. Se há mais estudos mostrando que não há concentrações percentuais seguras (ou se há..ate quanto), a norma precisa ser revisada com urgência.
E se o profissional adiciona mais formol puro de forma clandestina sem o cliente saber..ai é crime pelo código penal. Se é feito sem a conivência do cliente é processo, julgamento, indenização etc.
Quanto mais eu penso no assunto mais indignada eu fico...
Bjssss
Nessinha ,
ExcluirEu gostaria de fazer uma progressiva sim, mas sem formol rs claro
Tenho medo pela queda de cabelo
É complicadissimo flor, pq senão me enganos em 2012 saiu uma matéria no Fantastico tbém sobre isso, e pelo jeito nada foi feito, continua tudo igual
Como pode um orgão com ANVISA deixar passar despercebido?! não entendo, é preciso rever muita coisa, investigar a fundo, e tal .
Tem muitas meninas loucas que eu conheço que usam com formol, não se importam, pq alisa "mais" , eu não arriscaria.
Essa norma precisa mesmo ser revista, pq até nós ficamos na duvida
Absurdo mesmo ....
Quanto mais se pensa no assunto mais duvidas e perguntas surgem.
bjo
Pri
O lucro prevalece ante aos riscos.Como a indústria e os salões vão sobreviver se impuseram os "tratamentos" quase como um modo de vida?E esta imagem que aparece no post,com a profissional de máscara deve ser uma em mil,a grande maioria não teria condições.No salão que frequentei durante anos via a relação de dependência dos distribuidores e os profissionais e o empurra-empurra de "kits" de manutenção´para quem se submetia aos procedimentos - mil indústrias de bairro(para não dizer de quintal).Ampliando para o país,SOCORRO!!!!!Talvez por isso a "liberação" oficial.
ResponderExcluirEliana,
ExcluirOs profissionais deveriam usar todos os equipamentos de segurança do trabalho, sobretudo a máscara com filtro. A que aparece na foto se não me engano é comercializada pela 3M do Brasil. Eu ja usei uma vez, é desconfortável para mim, pois tenho claustrofobia, mas é muito util. Com o tempo a pessoa se acostuma.
Eu não sou formada em Quimica, mas o fato é: para mudar o alinhamento da fibra capilar, todo processo é forte. O produto precisa penetrar no cortex do fio e "amolecê-lo". Todo mundo sabe que não é algo light.
Eu me preocupo com os profissionais que passam o dia todo por anos inalando vapores de produtos. Não é saudável isso e nunca o Ministério do Trabalho, lançou discussão sobre o assunto. Aqui em Maringá a única ação que eu vejo são campanhas de vacinação contra Hepatite B. O resto cada um faz como quer... Acho super errado.
Todos os seus comentários são bastantes pertinentes.
bjsss e muitissimo obrigada por comentar.
Já fiz escova inteligente (acho que 3 ou 4...). A profissional sempre preparava o produto na minha frente, para confirmar que não acrescentava formol além do que já estava na fórmula. Temendo danificar meu cabelo (o que nunca ocorreu) e querendo aprender a lidar com a juba que Deus me deu, deixei estes procedimentos. Interessante é que muitos profissionais afirmam que estes procedimentos tratam o cabelo. Deixam o cabelo lindo sim, por um ou dois meses. Depois, tsc, tsc, tsc...
ResponderExcluirMe desculpem, mas me admiro com o que passa na cabeça das pessoas: se uma pessoa que tem cabelo bem enrolado e usa um produto que alisa e diz que o mesmo não tem formol, com certeza, tem algo similar ou pior que ele. Ou como o cabelo fica extremamente liso por meses? Acho que as pessoas não querem saber o que pouco se esconde por comodismo.
Gostei do post, é um assunto polêmico mesmo.
Beijo
Dri,
ExcluirÓtimo seu depoimento. Vc destacou pontos importantes: seriedade do profissional (que não misturou nada escondido de vc), que é preciso redobrar os cuidados pós química e que se há consumidores que não pesquisam antes de consumir, é complicado.
Bjsss querida!
to com saudade de tu!
Ah, testei a henna himalaya creme. è igual a um banho de brilho, so que durou muito pouco. Umas 6 lavagens no maximo. A henna em pó é muitooooooo melhor.
Lendo meu texto agora achei confuso no final. Acho que estava dormindo, rsrsrssMas, o que eu quis dizer na verdade, é como pode as pessoas acreditarem que um produto alisa sem que tenha algo agressivo na fórmula. Se não é formol, é outro similar. Acredito que por comodidade, as pessoas não querem saber o que a fórmula esconde atrás de uma propaganda e da definição quase imposta do que é realmente belo.
ExcluirAh, então você também prefere a henna em pó? Taí, Vanessa, um outro produto polêmico. Tem uma profissional aqui na minha cidade que abomina qualquer marca de henna porque diz conter chumbo em qualquer uma. E aqui eu admito: não sei até onde é verdade, mas prefiro acreditar que é menos agressiva que qualquer tintura. Lembrando que nunca pesquisei a fundo o tema. Isso é comodidade de consumidora, rsrsss.
Estou comentando pouco mas estou lendo tudo aqui, às vezes com alguns dias de atraso, mas não estou perdendo nada meu bem.
Beijo
Dri,
ExcluirEu não acretido que tenha chumbo não é por "inocência minha", mas é pq pigmentos vegetais conseguem colorir. O unico tipo de produto que contém chumbo e que é liberado pela anvisa são aqueles para homens (cabelos grisalhos) que a pessoa vai passando e o cabelo vai escuredendo. Não sei se todas marcas tem chumbo, mas algumas tem.
Para usar é sempre pós banho com o fio praticamente seco (umido bem de leve, aplicar e lavar as mãos logo em seguida).
Vc falou tudo. quem alisa sabe que o produto não é fraquinho, Qdo é não vai funcionar. Um bom exemplo sao os tratamentos com aminoácidos. Ele dão certo para cabelos como o meu: fino e ondulado. E se faço o passo a passo e uso chapinha..fica liso. Mas o efeito é temporario. Não conseguem alterar a estrutura do cortex capilar.
Produtos como henna, natucor afirmam categoricamente não conter chumbo.
Como consumidora o que me resta é acreditar. Não temos como testar para saber se tem. Infelizmente nós consumidores ficamos com a palavra do fabricante e com o registro legal de comercialização emitido pela anvisa.
Assisiti e pra falar bem a verdade isso não mudou nada para mim, uso e continuarei usando progressiva com formol... acho a rede globo um tanto munipuladora, porque ela não fala a respeito das tinturas de cabelo que contém amônia, que também pode srr prejudicial a saúde, algo ela esta ganhando com isso, mas enfim a minha primeira escova com formol fiz em 2010 e alguns dias depois t
ResponderExcluirFiquei que estava grávida, fiquei receiosa, mas não tive nenhum problema com minha bebê graças a Deus!
Penso assim se for para me preocupar com tudo que pode prejudicar a minha saúde vou deixar de fazer muita coisa, então prefiro continuar sem preocupações e com um cabelo bonito ;)
ExcluirOi, tudo bem?!
Respeito totalmente sua opinião e decisão como consumidora. Vc faz o tratamento, gosta dos resultados e assume eventuais riscos (vc não foi enganada). Foi exatamente o objetivo do debate.
O que mais fiquei indignada foi a postura da Anvisa. Se qualquer produto é seguro ou não (medicamento, cosmético, material de limpeza) é o órgão que libera o registro e autoriza a comercialização. Para mim ficou claro na reportagem que há falhas por parte do órgão.
Se o produto tem formol ou se o fabricante cria estratégias para omitir informações ao consumidor, isso é grave. Nós consumidores não temos laboratórios para testar.
Por isso não cabe a aqui ficar condenando as marcas, seja as mostradas na reportagem ou outras.
O que está em jogo é o direito do consumidor em saber realmente o que está comprando, com instruções claras de uso, para que ele possa decidir se usa ou não um produto com formol ou derivados.
Qualquer produto que consumimos há riscos de irritações, alergias etc. Se um produto é proibido, deve-se ter estudos cientificos conclusivos que justifiquem a proibição.
Se os danos forem maiores que os beneficios, não pode ser comercializado.
O pior é quando se sabe ou se descobre que um determinado ativo causa com certeza problemas. Um exemplo é a TALIDOMIDA, que era prescrito para enjoos e que causa deformações nos membros dos fetos.
Ou o remedio - isotretinoina oral que eu tomei que só de ler a bula..tive vontade de comprar o caixão.... e não pode engravidar de jeito nenhum. Há riscos e há margem de segurança, desde que sejam respeitadas. Mas ha efeitos colaterais graves, e se o paciente tiver, tem que interromper o tratamento.
Não se trata de remedio ou cosmetico proibidos, voce como consumidora não fez nada errado. Os produtos mostrados na materia tinham registro na Anvisa. Se havia algum problema....não deveria ter recebido registro.
O crime é quando a cliente vai ao salao, pede para usar um produto X e o profissional adiciona clandestinamente outra coisa...formol ou sabe-se lá o que sem a cliente saber. Ou comprar um produto dizendo que pode ser usado por crianças a partir de 2, 6, 10 anos e não poder....
Não gosto da Globo, faz séculos que não assisto nada da emissora. Vi a matéria por puro acaso. Mas como espectadora não achei a matéria ruim. Com certeza o tema que vc levantou também merece reportagem - tinturas.
Eu gostaria que o Ministerio do Trabalho estabelece novas normas de segurança para os trabalhadores de salões. Não é possível que minguem tenha percebido que ficar todos os dias inalando resíduos de produtos químicos não seja prejudicial à saúde.
Tem que usar luvas, máscaras, instalação de exaustores, filtro de ar.
Se o salão pobre do bairro tem como ter EPIs...é outra historia..nao tem recurso..fecha.
Nisso temos que ser radicais mesmo. Isso vale para tudo q tem que ter segurança e higiene. Seja hospital, restaurante, lanchonete e por que não...salao, clinica de estetica.
bjssss e muitissimo obrigada por comentar sua opinião como consumidora!
Olá Nessa,
ResponderExcluirAchei muito prudente da parte da leitora acima expôr sua opinião e falar dos resultados já apresentados no caso dela.
Mas com certeza o que chocou todas as pessoas foi realmente a liberalidade de venda de produtos que não poderiam ser usados por crianças, grávidas ou lactantes.
Outro ponto, muito importante, citado por vc é o consumidor achar que está pagando por uma coisa, mas na realidade está levando outra, isto é gravíssimo.
Usar, gostar de usar, ter resultados excelentes não é crime, o problema é a liberação de produtos que fazem mal a saúde.
Quanto mais comento o caso, mais fico abismada com o caso.
Bjs
Deni,
ExcluirVc como advogada foi exatamente no ponto chave. Todo produto oferece riscos, mas a liberação, modo de usar, efeitos colaterais, precisam ser previstos e ter normas de segurança.
O gravíssimo é a postura de nosso órgão regulamentador e o consumidor ser lesado por não ter acesso correto à informação.
A matéria não tinha produto clandestino, sem registro.
Eu tb fico abismada toda vez que penso no assunto.
bjsss querida!
Gente, o problema é que os cabeleireiros alteram os produtos. Eles adicionam mais formol aos produtos comercializados. Sei disso porque já foi falado na mídia e também uma conhecida minha cabeleireira me falou. Se alisa é porque tem formol acima da quantidade liberada pela ANVISA e quem faz a alteração são os cabeleireiros.
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